Reinizio, do Italiano: Recomeço

sexta-feira, março 30, 2012

Jure, Ana


Lá ia ela, andando em passos rápidos com medo de se atrasar, Ana, 16 anos, altura mediana, cabelos e olhos castanhos, um grande brilho no olhar e um sorriso mais do que feliz.
Ela ia encontrar o seu amor, seu confidente, não podia perder um segundo sequer, a todo momento olhava no relógio para saber os segundos que perdia caso parasse em alguma esquina para esperar os carros passarem.
Todos os dias eram assim, mas aquele dia em especial foi diferente. Andava em passos lentos, o sol que estava em seus olhos havia sumido, o céu estava nublado e ela já não olhava mais no relógio.
Cada esquina que parava vinham flashes em sua memória que a faziam franzir a testa. Ela temia acreditar que aquele dia havia chegado, ela não poderia mais ver o seu amor, seu confidente e cada passo se tornava uma dor fria.
Ao ver o seu amor com um sorriso nos lábios ela não pôde controlar um abraço apertado. Seu amor já sabia que algo não estava certo e tentou ajudar.
Ana prometeu que tentaria resolver a situação, ela não poderia mais viver sem aquela pessoa que ela amava até não caber mais dentro dela mesma.
Uma curta conversa com a fonte da dor e , ao pensar que se livraria dela, só conseguiu ter mais daquela dor.
Ana não poderia mais amar, não daquela forma.
Seu coração acelerava e as palavras não saíam, mas ela sabia que apesar de ser puro, imenso e belo não poderia mais amar.
Ela sofria só de pensar nisso, mas ela teria que dizer ao seu amor que não poderiam mais se ver.
Ela dizia a ela mesma em sua cabeça “Juliana, eu te amo”, mas as palavras que saiam eram “não posso mais te ver”.
E seu coração se despedaçou em pedaços tão pequenos que não poderiam mais serem postos no lugar.

quarta-feira, março 21, 2012

Última carta para você


Eu tenho saudade do corpo de uma mulher colado no meu. Tenho saudades daquela pele macia, dos lábios macios, do toque tão leve. Sinto falta daqueles seios fartos, delicados, hipnotizantes.
Quando me dizem que vou amar outra pessoa, que é só ter paciência eu sei que posso afirmar “Só se for um homem, pois a mulher da minha vida eu já encontrei e tive a capacidade de perder.”
Sinto falta daquela voz, tantas vezes aconchegante e compreensiva, sinto falta do colo dela onde derramei lágrimas da dor da luta que passávamos juntas. Onde fomos mais fortes que soldados em guerra, pois a guerra estava tanto dentro de nós como dentro dos outros, mas não entre nós. Éramos parceiras de combate, parceiras de amor.
Sinto tanta falta daquele sentimento que partilhávamos que hoje acredito só existir em mim, ela já não sente mais o que em nós habitava, morreu. Não sei se foi a guerra, não sei se fui eu, não sei se foi ela, não sei se fomos nós, não sei se foram outros ou outras. Só sei que não há mais porquê sentir, já que dentro da minha mulher, e hoje posso afirmar que ela é uma mulher de verdade, não sobrou nada de mim. Na verdade acredito que sobrou rancor já que nem me olhar nos olhos ela é capaz de fazer.
Mas não a culpo, guardo a certeza de que se para ela o amor morreu, não morreu sem motivos. Também guardo a certeza de que vou sempre tê-la aqui comigo, nem que seja apenas aquela saudade que não me mata, aquela saudade prazerosa de saber que por uma parte da minha vida, nem que pequena, eu tive a felicidade e o mundo todo cabendo no meu abraço.
Eu ainda a amo e por amar tanto a quero feliz, voando como ela sempre desejou.

domingo, março 11, 2012

You’ll not understand


I don’t know what should I think right now.
You broke my heart once again,
I’m shouting out and loud
This shit lie is running through my veins.

I don’t wanna hear you.
I don’t care what you have to say.
You made of me a perfect fool.
Unless your lie is not a lie I won’t stay.

The wost part is knowing that you don’t love me.
I only like to play ball.
I’m just a toy to you, as you can see.
Please, forget me at all.

sábado, março 03, 2012

X


De alguma forma meus pensamentos inusitados
Têm ocorrido com certa desconfortável frequência.
Pensamentos que a muito esquecidos
Têm me comovido com certa eloquência

Sem falar em meus atos impulsivos,
Que são apenas impulsivos em olhares alheios,
Faço de tudo que faço atos construtivos
Para que depois não restem receios.

São meus atos que geram pensamentos
E muitas vezes o meu pensar gera atitudes.
Nas pessoas ao redor gera estranhamentos.
Essas não conseguem ver que me encontro a certa altitude.

Não consigo mais colocar meus pés no chão
Cada segundo simplesmente me sufoca
A agonia gera certa agitação
A visão se apaga, nada mais se foca.

Não se foca mais os problemas das pessoas.
Nos entupimos de antidepressivos
Apenas encobrindo aquilo que soa,
Uma sociedade cada vez mais como eu, seres não-comunicativos.