Reinizio, do Italiano: Recomeço

terça-feira, dezembro 14, 2010

Algo que doía


Tem muita dor em meu coração.
O que devia fluir naturalmente,
O choro, não sai.
Entala na garganta e machuca.

Meu porto seguro onde está?
Está ocupado com seus próprios barcos,
Barcos de mares atormentados
E carregado de tralhas inúteis.

As imagens que me vêm à cabeça
São prédios, arranha-céus.
De estrutura forte,
Mas podem cair com qualquer terremoto
Ou não.

O meu alicerce é você.
Alicerce extremamente necessário
Que está desaparecendo
Como vapor

Tenho sobre mim a esmagadora voz da experiência
A voz de alguém que afirmou não querer evoluir.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Perfume


O cheiro que escondido logo aparece
Tímido atrás de um perfume,
Perfume sedutor,
O cheiro que me faz falta.

O cheiro que encontrado num abraço
Ou a alguns metros de distância
Que faz meu dia melhorar
Onde ele foi parar?

A essência
Talvez um pedacinho de você
Que fica em mim
Que mora em mim

Um cheiro que ficou só na memória
Quem mora aqui e agora?
Quem morre aqui e agora?

terça-feira, novembro 30, 2010

Corredor e Neve (Parte 2)


Caída na neve sem a menor esperança, as risadas baixas que vinham de longe, estavam agora muito perto, na verdade, acho que estavam exatamente ao meu redor. Seguraram a minha mão e me ajudaram a levantar, me tiraram daquela neve e me levaram para uma casa quente e abrigada do vento congelante. Cuidaram de mim. Passamos dias e mais dias felizes, claro que houveram recaídas, mas não eram mais tão intensas.
O inverno passou e a primavera começou e o desabrochar de uma flor me encantou, uma belíssima flor vermelha ou rosada, não tinha um nome, como uma rosa, mas aos meus olhos se tornou a mais importante e mais bela que qualquer outra flor que estivesse ali.
Eu sei que daqui algum tempo ela ira murchar, mas também sei que haverá outra na próxima primavera.
Mesmo quando a esperança escorreu por entre os meus dedos, como água, ela deixou minhas mãos molhadas, que, mesmo sendo muito pouca, regou a flor que desabrochou!

parte 1 http://reinizio.blogspot.com/2010/04/corredor-e-neve.html

segunda-feira, novembro 22, 2010

Ela


Ela é como as chuvas de setembro
Ansiosamente esperada e comtemplada.
Que vem refrescar e aliviar o calor excessivo.
Onde as nuvens chovem por vontade própria.
Sem esperar nada em troca.

Ela é como a fome da tarde
Inquietante e irritante,
Mas quando saciada é gratificante.
Essa fome é a saudade.

Ela é como a felicidade do carnaval
Chega a ser cansativa, mas em momento algum reprimida.
As pernas doem, mas não se para de pular.

Ela é como um domingo.
Ela é sagrada.

Ela é o amor da minha vida.

segunda-feira, novembro 15, 2010

Não É Justo!


Duas pessoas que se amam
Não podem ser separadas
Por motivos insignificantes
Ou razões desesperadas.

Eu não posso ficar sem você.
Eu mal sabia que me apaixonaria
De tal forma que sem você
É impossível caminhar.

O amor veio como um precipício
Do qual eu quero me jogar.
É tão bom se sentir no ar,
Assim quando o chão chegar
Eu já terei aprendido a voar
Ou talvez eu bata no chão,
Mas não iria mais me importar
Porque eu teria me desfeito junto com a paixão.

Qual é a razão disso tudo?
Porque não atende o celular?
Onde está sua voz para me acalmar?
De certa forma já me sinto mais calma.

terça-feira, novembro 02, 2010

Tigresa


Pegarei uma expressão emprestada
Olhos de ressaca é o que ele diria se a conhecesse,
Mas eu digo que ela é como uma tigresa,
Completamente misteriosa.

Indecifrável.
Começo a pensar se sou capaz de passar o tempo com você
Sua inteligência me fascina.
Um pouco de você em mim me faz escrever.

Fantasias.
Pensamentos confusos, desejos
Ou idéias tão boas que ficam incompreensíveis?
Você é minha fantasia.

Mas apesar dessas coisas boas
Me atormentam os medos também.
Medo do desconhecido, do misterioso.
Mesmo assim eu amo o que eu Temo.

terça-feira, outubro 26, 2010

Pedido


Todos os dias da minha vida
Eu sonhava, imaginava meu futuro
Sem nada obscuro

Mas os últimos anos foram diferentes
Me iludi e chorei por bobagens
E agora eu sei o porquê

Em todo esse tempo
Eu estive mentindo pra mim mesma
Me torturando, me sacrificando
E colocando a culpa nos outros.

Percebi isso mais de uma vez
Perceber é fácil, o difícil é mudar
O mais difícil agora eu vou tentar

É hora de mudar,
É hora de tentar,
Mesmo que eu ache que não seja capaz
Eu sei, lá no fundo, que alguém vai me ajudar

Eu me afastei de ti
Chorei e me machuquei
O corte foi fundo de mais
Então me arrependi

O único que pode me salvar
É aquele que já fez isso uma vez
Nele eu sei que posso tudo
E mais um pouco
Seu santo sangue me invadirá de novo

Estou tentando voltar ao seu alento
Nos braços de Deus nada pode me machucar
Eu sei que pra ele eu posso sempre voltar

Te louvo e Te adoro
Ó Deus do impossível
Em Ti tudo é mais forte
Tudo é mais sagrado
Eu sei que Seu amor por mim é infinito

Não tenho como expressar com palavras
Acabaria escrevendo milhares sem dizer nada.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Singela


Eu acabo de encarar meus olhos no espelho
Quanta história me trouxe até aqui
Quantas verdades, quantas mentiras,
Quantas decepções, quantas realizações.

Desesperada.
É como me encontrava antes de te encontrar.
Explosiva.
É como me encontro agora.

Eu queria poder olhar fogos de artifício ao seu lado,
Queria poder ver o sol nascer com você,
Queria olhar as estrelas no campo aberto,
Ou simplesmente deitar no sofá e ver TV.

Você entrou na minha vida e eu não quero que vá
Não quero sofrer a perda de uma parte de mim
A parte mais intensa de mim,
Mas não quero viver em uma mentira pra sempre

segunda-feira, outubro 11, 2010

Pensamentos por frações de segundo


Que saudade é essa que consome?
Cada momento sem te ver, cada fração de segundo
Se tornam anos, milênios.
E a saudade aperta.

Incomoda de uma forma inexplicável
Que só se sacia com sua presença,
Quando te absorvo inteira,
Me perco em seus olhos e não pretendo mais voltar.

Pretendo ficar nesse estado de alegria
Que eu me recordo sempre que a saudade aperta.
Chego a sentir seu cheiro cada vez que me lembro,
Fecho meus olhos e vejo seus olhos a brilhar.

E as palavras chegam a sumir quando tento me expressar,
Quando tento dizer o quão feliz sua presença me faz,
Até mesmo sua ausência, pois é nela que eu percebo
E vejo que sem você eu não consigo prosseguir.

Preciso, a todo momento, da razão da minha estadia.
Da minha passagem nesse mundo
Quero levar as boas lembranças que com você cultivei.

domingo, outubro 03, 2010

Trancada


Completamente trancada por dentro
Onde as palavras custam sair
Onde as lágrimas querem se mostrar,
Mas o coração não deixa
Ele não quer sofrer sua ausência
Ele quer que entenda o silêncio
Eu sei que é difícil
Sei que precisamos conversar e nos entender
E por mais que eu queira te explicar
Eu simplesmente não consigo
Não é algo por minha vontade

A distância dói
O silêncio dói
A saudade dói
E todos juntos doem mais do que um coração arrancado
Sem anestesia

domingo, setembro 26, 2010

De Novo


Eu menti de novo.
Foi pior do que mentir para os outros,
Eu menti pra mim mesma.
Eu menti de novo.

Eu me enganei de novo.
Como quem espera que ninguém descubra,
Mantém só no pensamento.
Eu me enganei de novo.

Eu fingi de novo.
Agradecendo a vitória
Em uma derrota incontestável.
Eu fingi de novo.

Eu errei de novo.
Como um pássaro que confia suas asas ao vento
E acaba em uma gaiola.
Eu errei de novo.

Eu fugi de novo.
Olhando o que eu queria
E correndo do que eu amo.
Eu fugi de novo.

Eu morri de novo.
Vendo nos seus olhos que você morria,
Morri com você.
Eu morri de novo.

Eu me arrependi de novo.
Me arrependi de nova.

domingo, setembro 19, 2010

Mentiras


Por que fazem pouco de um sentimento
Quando ele se mostra tão puro e bonito?
As janelas e as portas se fecham.
A luz fica apagada durante o dia e a noite,
Ela se deita com o peito doído.
Olhe para ela, ela só precisa amar
E todos a repreendem,
Não põem fé em seu sentimento,
Dizem que é coisa do tempo, que logo ele sumirá.
E a inocente amadora acredita
Que uma mentira dita mil vezes se torna verdade.
Ela teme então se deita.
Se agarrando no que lhe sobra de precioso,
Seu coração intacto pelas mentiras.

domingo, setembro 12, 2010

October - Evanescence


Eu não consigo correr mais
Eu caio diante de você
Aqui estou eu
Eu não tenho nada sobrando
Entretanto eu tentei esquecer
Que você é tudo o que eu sou
Me leve para casa
Eu não brigarei mais
Quebrada
Sem vida
Eu desisto
Você é minha única força
Sem você
Eu não posso continuar
Mais
Nunca mais

Minha única esperança
(todo o tempo que eu tentei)
Minha única paz
(me afastar de você)
Minha única alegria
Minha única força
(eu caí na sua abundante graça)
Meu único poder
Minha única vida
(e amor é onde estou)
Meu único amor

Eu não consigo correr mais
Eu me entrego a você
Eu sinto muito
Eu sinto muito
Em toda a minha amargura
Eu ignorei
Tudo que é real e de verdade
Tudo que eu preciso é você
Quando a noite cai sobre mim
Eu não fecharei meus olhos
Eu estou bem vivo
E você é muito forte
Eu não consigo mentir mais
Eu caio diante de você
Eu sinto muito
Eu sinto muito

Minha única esperança
(todo o tempo que eu tentei)
Minha única paz
(me afastar de você)
Minha única alegria
Minha única força
(eu caí na sua abundante graça)
Meu único poder
Minha única vida
(e amor é onde estou)
Meu único amor

Constantemente ignorando
A dor me consome
Mas dessa vez o corte é muito profundo
Eu nunca me afastarei de novo

Minha única esperança
(todo o tempo que eu tentei)
Minha única paz
(me afastar de você)
Minha única alegria
Minha única força
(eu caí na sua abundante graça)
Meu único poder
Minha única vida
(e amor é onde estou)
Meu único amor

terça-feira, setembro 07, 2010

Sufocando Soluções


Isso se assemelha a algo que dói,
Palavras calmas que destruíram meu coração,
Seu modo de pensar
Não bate com a minha compreensão.

A garganta gritando para dentro
Sentindo o abandono do lar.
Do lado de fora, nuvens a escoar,
Por dentro, o vazio.

Eu me desfaço,
Me quebro em um único pedaço.
Preciso ir embora agora,
Não suportarei uma dor maior.

Meu sofrimento é outro,
Mas o motivo é o mesmo.
Me deixe respirar
Antes que me mate sufocada.

domingo, agosto 22, 2010

Segundos


Nem todo o tempo do mundo.
Essa é minha definição de tempo
para o que eu preciso expressar.

Faço o uso necessário dele
E tento controla-lo o máximo possível,
Então você chega e o rouba das minhas mãos.
Sua presença faz com que ele simplesmente voe.

E como ele gosta de voar.
Tudo acontece da forma que ele bem entende.
Sempre à sua vontade,
Corre e para em seu bem entender.

Sentada no banco da praça os segundos passam,
Entediantes, um após o outro.
E quando a presença tão esperada aparece
Os segundos parecem brincar de pega-pega,
Passam, eufóricos, um após o outro.

E logo acaba.
E logo ela vai embora.
E a despedida inevitável daquele dia
Invade o que ela chama de interior
E cria o sentimento que ela conhece por Saudade.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Vazio


Um receptáculo cheio
Completamente cheio de uma coisa que consegue se camuflar no breu
Se escondendo de tudo e de todos
Em pilares de concreto maciço

Brinca de esconder nas paredes de tijolos
Nas poças do chão,
Se esconde na escuridão dos pensamentos
E me domina completamente

Toma todo o meu tempo
Faz da rotina uma jaula
E me dá armas pra brincar de roleta russa
Me prende com a chave pendurada no pescoço
E as mãos algemadas

Mas o conforto gerado é completamente tunante
Me deixando sem escolhas
À não ser concordar com ele
E deixar a vida passar diante meus olhos marejados

“Ponha um fim nessa sensação”
É o que me diz uma vozinha dentro da minha cabeça
E pretendo, mas não agora.

sábado, agosto 07, 2010

Repreendida


Uma nuvem de pensamentos,
Uma chuva de tormentos,
Dilaceram-me, rasgam-me,
Chovem dentro de mim.

Rasgam e caem,
Afundam num mar de desespero.
Dissolvem e mancham
O reflexo do espelho

A distorção confunde,
Mas as palavras ainda soam.
O fim, desnecessariamente...
Confortante.

O concreto, discreto e incerto,
O telhado, abaixado e apertado,
A parede, incessante e sufocante,
Geram a lágrima, medrosa e silenciosa.

domingo, agosto 01, 2010

No Final


Chega de metáforas
Eu preciso ser direta
Não quero beleza nas palavras
Quero a verdade

Meu coração não suportará
Minha alma dilacera-se
Não são metáforas
Eu sinto a vitalidade escorrendo

Eu sinto ele batendo
Me implorando para pará-lo
Ele tenta pular pela garganta
Pressionado e fragilizado

E mesmo que todos me digam pra continuar andando
Sem você eu não consigo
É difícil caminhar sem chão
É difícil respirar sem ar

Nenhuma palavra é pronunciada
Guardo minhas palavras todas pra você
Mas acho que finalmente me convenci
De que é hora de deixar partir

sexta-feira, julho 23, 2010

Saudades


Aquele sonho veio me atormentar de novo,
Mas dessa vez com partes acrescentadas.
Por que mais uma vez o todo
Se dividiu em pequenas partes?

Tantas partes que posso até sentir seu toque
Quando acordada,
Posso sentir seu cheiro
E lá está você, mesmo que só na memória.

Enquanto eu reflito em sentir sua falta
Me vejo como uma parva escrevendo.
Primeiro por eu poder matar a saudade,
Segundo por não saber colocar as palavras como você.

Mas mesmo sabendo que está comigo
Sinto uma falta sua inimaginável
Preciso de sua presença e não só de suas palavras
Sua presença me dá paz de espírito.

Eu não sei o que fazer
Só me abrace forte e não me deixe mais.

quarta-feira, julho 14, 2010

Pulsando


Eu não posso simplesmente
E conscientemente
Lutar em vão.
Não por algo que sei que não funcionará.

Mas já sentiu que seu coração fosse arrebentar?
Já o sentiu pulsando com tanta força
E tão confuso?
Me entende? Entende o que se passa?

Não sou a única a se sentir assim
E muito menos serei a última.
Só quero que ele pare de bater assim,
Pulsando o veneno dos seus lábios.

Seu rosto, seus olhos, seus lábios.
O calor, a sinceridade, o frio.
O vermelho, o castanho, o roxo.
Visões, sentidos e sinais?

Me ajude a interpretar.
Me mostre a verdade.
Só preciso de um sinal.
Ou é você para sempre
Ou é você para nunca mais,
Nunca mais tocar.

terça-feira, julho 06, 2010

Intenso


O tempo vai passando e eu vou chegando à conclusão
De que nada é pra sempre,
Mas existem certos sentimentos
Que começam a querer saltar para fora do peito.

Alguns deles são ótimos de se mostrar,
São belos e contagiam as pessoas,
Mas alguns querem sair e simplesmente não podemos permitir.
São aqueles que doem, que ninguém quer assistir.

São esses tipos de sentimento que tenho mantido trancado
Que tento sufocar até que morram e parem de me maltratar.
Até que fiquem imperceptíveis por mim
Dentro de mim mesma.

Mas só eu sei quanto dói quando mechem sem querer,
Quando tocam nessa ferida exposta que custa fechar.
Só eu sei quanto dói quando tentam fecha-la à força.
Não se dá pontos em um coração ou ele para de bater.
Podemos concertar suas artérias e veias,
Mas jamais o coração partido.

quinta-feira, junho 24, 2010

Metáforas


Meu dia gira em torno de poder te ver,
Mas não só em poder te ver,
Eu preciso te tocar,
Mas não só te tocar,
Preciso te amar,
Mas não só te amar,
Preciso me expressar.

Não preciso que os outros vejam
Ou saibam,
Mas não quero ter que prever
Cada ato meu. Eu quero ser!
Quero agir sem me importar!
Quero só te amar!

Só não sei onde minhas palavras se esconderam
Palavras expressivas que só você entenderia,
Minhas ocultações e metáfora
Onde estão agora?

sexta-feira, junho 18, 2010

Sonho vs. Tempo


Quanto mais me esforço
Para encontrar meu paraíso,
Mais me canso,
Menos acredito.

O poder pode dormir
Ele estará lá para viver o amanhã.
Enquanto o meu amanhã não vir
Não poderei descansar

Ainda tenho que correr,
Não posso parar
enquanto não conquistar.
É o meu sonho
você não pode me arrancar

Quando eu o segurar
Não vou soltar até me matar
Até que eu morra
Completamente realizada

sexta-feira, junho 11, 2010

É Só Isso


Não é necessário ter quase passado pela morte
Para dar valor às pequenas coisas,
Só é necessário querer aprender a viver.

É só abrir o coração
Deixar aquela vida para traz
E assistir as estrelas sumirem,
Assistir o sol nascendo

É real, acredite!
Eu tentei!

A brisa suave e ainda fria no seu rosto,
O cheiro das plantas molhadas de orvalho,
Os pássaros cantando ao novo dia,
O céu que de escuro passou a ser vermelho,
De vermelho a amarelo e de amarelo
A azul!
Tudo é real!
Nuvens cor-de-rosa,
E as estrelas quase invisíveis para deixar
O sol brilhar.
Mais uma manhã,
Mais um milagre,
Mais um dia a se agradecer,
Tudo é real,
É fantástico, é espetacular,
É VIVER!
É APRECIAR!
Não há mais escuridão!
É o sol sem pedir licença!
Ele invadiu meu coração!
Está ficando laranja...

quinta-feira, junho 03, 2010

Tudo


Você me dá o ar para respirar,
Você me dá as cores para enxergar,
Você me dá a imaginação para pensar,
Você me dá a racionalidade para imaginar,
Você me dá a força para andar,
Você me dá a coragem para continuar,
Você me dá a alegria para viver,
Você me dá a curiosidade para conhecer,
Você me dá a oportunidade para perdoar,
Você me dá os conceitos para contestar,
Você me dá a fome para buscar,
Você me dá o motivo para seguir,
Você me dá o sorriso para sorrir,
Você me dá o belo para admirar,
Você me dá a inspiração para escrever,
Você me dá você para amar,
Você me tem.

sábado, maio 22, 2010

Ódio(A Própria Dor)


Eu venho tentando a tanto tempo
Lutar contra esse sentimento,
Mas eu ainda posso sentir
A raiva e o ódio,
Juntos a fluir

Enquanto isso viver
Não poderei acordar,
Mas se eu permitir, morrer
Não devo pensar,
Devo aniquilar,
Não posso deixar o coração bombear
Peço para Deus abrir meus olhos,
Mas isso sei que posso fazer sozinha
Se eu simplesmente abrir o coração

O vento bate no meu rosto,
Mais palavras sem sentido,
Se eu pudesse resistir e acordar.

Pegue o meu sorriso,
Faça com que seja real
Se eu pudesse resistir e não chorar
Se eu pudesse o ódio aniquilar
Essa féu utopia
Ridículo sonho impossível

sábado, maio 15, 2010

Quem é Ela?


Quem é ela que olha da janela?
Quem é ela que cobre o rosto com as mãos?
Quem é ela que lança sorrisos ao vento?
Quem é ela que anda na calçada?
Quem é ela que corre pelas ruas?
Quem é ela que fica calma na tempestade?
Quem é ela que admira as borboletas e os beija-flores?
Quem é ela que se ajoelha no asfalto?
Quem é ela que sussurra no coração das pessoas?
Quem é ela que grita no coração de uma pessoa?
Quem é ela que transparece seus conceitos?
Quem é ela que esconde seus pensamentos?
Quem é ela que faz o que entende?
Quem é ela que nada entende?
Quem é ela que age sem pensar?
Quem é ela que se arrepende?
Quem é ela que descansa no colo de uma pessoa?
Quem é ela que deseja várias pessoas?
Quem é ela que ama uma única pessoa?
Quem é ela que dorme no chão?
Quem é ela que nunca da atenção?
Quem é ela que fala sem se ouvir?
Quem é ela que escuta sem ouvir?
Quem é ela que se indaga?
Quem é ela que reflete?
Quem é ela?

sexta-feira, maio 07, 2010

Ignorância "justa"


Eu inocente acreditava que eles existiam para cuidar de nós, nos amar e sempre querer o melhor pra gente, mas então por que eles nos matam à toda oportunidade?
Não fazem mais sua função, simplesmente massificam e corroem todos os sentimentos bons.
Não satisfeitos com sua infelicidade querem tornar todos ao seu redor infelizes.
Quem eles pensam que são para decidir o que é melhor para alguém quando eles são totalmente insatisfeitos com a vida que levam?
Minha alma, onde guardo meus sentimentos, vai se tornando pó até eu não suportar mais e mais uma vez querer por o ponto final e mais uma vez aquilo, que julgam nocivo e prejudicial, me segurar a não terminar o livro neste exato momento.
Meu maior medo é me tornar como eles.

domingo, maio 02, 2010

Imagens


Eu tinha muita coisa para fazer
E para pensar
Mas na minha mente só tinha você
Comecei a chorar

Números não podem contar o meu amor
Nem palavras explicar a minha dor

Eu poderia chorar
Que você nem notaria,
Mas, de alguma forma,
Você tomou cuidado para que eu não soubesse

Dores intermináveis,
Falsos sorrisos,
Assim é minha vida agora

Seu rosto está em todos os sonhos que eu possa me lembrar
Eu acordo e não me sinto bem
Seu rosto vive a me assombrar,
Mas, só às vezes, eu acho que é bom sonhar.

Se eu pudesse de alguma forma
Te mostrar, nem que por um dia,
O quanto eu te amo,
Acho que você me veria com outros olhos

Eu nunca me senti assim antes,
Só pelo fato de você me olhar
Eu me sinto abalada

Seu sorriso é tão belo
Eu amo quando você sorri,
Mas porque você não pode
Sorrir comigo?

Quanto tempo ainda vai demorar para que eu veja?
Não é para acontecer.
Em minha mente eu sei disso,
Mas o meu coração volta a fraquejar

Eu não preciso lembrar de você,
Já que em nenhum momento te esqueci,
Mas me diga que se lembra de mim
E que ficará ao meu lado,
Uma vez em um sonho você prometeu
E eu acredito que sonhos são mais do que apenas imagens

segunda-feira, abril 26, 2010

O Escuro



Feche seus olhos
Quero te mostrar um lugar
Imagine eu e você
Sozinhos no escuro.
Você e eu não vemos nada
Mas todos podem nos ver

Eu só posso ouvir o seu coração
E você o som da minha respiração
Segure minha mão
Para eu não temer
Segure bem forte
Te sentindo posso te ver

Você sussurra para mim
Você está com medo
Só eu sei disso
Mas, de repente, você soltou minha mão
E eu estou gritando seu nome
Morrendo de desespero, medo
Dor, angústia
Mas você não me ouve

De repente tudo fica claro
A vista se embaça e
Eu posso te ver
Mas não da forma que eu queria
Agora eu te vejo
Mas segurando outra pessoa
Seu coração, não posso mais ouvir
Não sei se ele continua batendo
Te vendo eu não acredito
Não posso segurar as lágrimas
De te ver com alguém
Que conseguia andar sozinha no escuro
Um escuro que eu criei para nós

Eu olho nos seus olhos
Mais verdes do que nunca
Você me deseja
E me provoca com eles
Você quer segurar nós duas
Ao mesmo tempo

Eu vou morrendo aos poucos
Enquanto ela põe um sorriso nos lábios
Eu choro enquanto ela só sorri
Eu sangro enquanto ela rouba minha vitalidade
No meu escuro
Você me tirou o que eu tinha
De mais precioso
Algo que eu nunca mais terei
MENTIROSO, VOCÊ ME SEDUZIU

Minhas pernas não podem mais me segurar
Meus joelhos não me suportam mais
Meu corpo afunda
Esse é o peso da dor?
Uma interminável dor

sábado, abril 17, 2010

Musa dos Olho Intensos


Estou me pondo mais uma vez a dissertar sobre minha musa dos olhos intensos que, não só nos momentos de solidão, me faz escrever ao seu respeito.
Ela me fascina e inspira, então por que não escrever sobre ela?
Seriam incontáveis as vezes que eu sentia as palavras querendo ser escritas, gritando em minha mente... E foram tantos textos, poemas e poesias com o tema “ela”.
A escrita que me aliviava a saudade, que refletia o amor, que descontava a raiva, que me inspirava de todas as maneiras possíveis, era a musa dos olhos intensos que fazia tudo isso.
E como não citar todas as cartas que ela me escrevia? Sua letra ali escrita também mata a saudade, mesmo que não fossem palavras dela, mesmo que fossem citações de grandes escritores, eu a sentia ali, mesmo que na saudade.
E de todas as formas ela é perfeita, não que ela não tenha defeitos, é perfeita para mim. E já que a vontade de gritar para todo mundo ouvir não pode ser satisfeita, me contento em escrever sobre minha musa.

sábado, abril 10, 2010

O Abraço


Como é que um sentimento
Consegue durar tanto tempo
Sem ao menos ser correspondido?

Ah! O abraço!
Entre tantos outros
Talvez não o mais necessitado
Nem o mais apertado
Mas foi de saudade matada

O coração acelerou
Os braços se laçaram mais uma vez
As bocas quiseram se tocar
Mas já não era mais amor
Ou era? Ato complicado de descrever

O calor
O suspiro
O aperto
O carinho
O que era mesmo que se passava?

sexta-feira, abril 02, 2010

Corredor e Neve


Um corredor escuro e sem fim, sem sentido, completamente congelado, escorregadio por causa da água condensada no chão, nas paredes, no teto, em mim. Os olhos congelaram por chorar, me deixando cega, mas não fazia diferença, eu já esta no escuro mesmo.
Se eu andasse iria escorregar, se eu corresse iria escorregar, por medo fiquei parada, congelada também, mas por medo de nunca mais sair dali, tentei dar um pequeno passo, escorreguei e cai, ali no chão o frio congelou o meu coração, eu me perguntei quando ele seria aquecido, concertado, se algum dia ele voltaria a bater, se de alguma forma alguém o ressuscitaria.
Tentei me arrastar, e o gelo grosso se afinou e se partiu me fazendo cair na água. Milhões de facas me perfurando, quase me matando, não tinha energia para nadar, comecei a afunda. A água 0,5º menos fria que o gelo descongelava minhas lágrimas, me deixando abrir os olhos ali. Eu podia ver com muita dificuldade, de algum lugar bem longe vinha uma luz, quase não me alcançava, mas estava lá.
Eu não poderia continuar ali ou morreria, mas se saísse da água, congelaria, mas eu não poderia morrer sem tentar, energia surgia do nada, vindo de fora. Ou eu havia congelado completamente ou as coisas estavam aquecendo lentamente, mas que completa idiotice, ao sair da água via o gelo se derretendo, ao ficar em pé no gelo tudo se congela de novo o frio toma conta de novo, mas pelo menos eu estava fora da água, tento andar e escorrego de novo. Quebro os braços, não tenho mais apoio para me colocar de pé.
Todo aquele esforço foi em vão? Nem que me cortassem as pernas, eu teria que continuar de qualquer forma, não queria morrer ali, não podia morrer ali.
Fui me arrastando em meus joelhos, no escuro deserto daquele corredor eu só podia ir em frente. Trombo em algo, um beco? Não! Uma porta! Trancada! Eu poderia arromba-la facilmente se não estivesse a tanto tempo, que acabei me esquecendo de contar os dias, sem comer. Mas com os braços quebrados não me colocaria de pé, comecei a chorar, a porta talvez tenha tido pena e se aberto sozinha, o quase calor do ultimo dia de outono me aqueceu, acabei desmaiando, e ao acordar no outro dia, dia frio, onde só se via neve, um espelho a minha frente me mostrava minha pele cadavérica, os lábios roxos e os olhos avermelhados, olheiras fundas e pretas, não poderia esperar mais do que a morte a partir daí.
Não tinha mais forças pra continuar, não tinha como me matar, procurava qualquer gelo com ponta para que eu pudesse rasgar meu pescoço e morrer ali, manchando a neve, mas, pelo menos, deixando marcada a minha existência sem o menor sentido, nem explicação que sumiria com o verão derretendo a neve.
Movimentos e risadas ao meu redor, bem ao longe me fizeram perceber que não estava sozinha, tentei gritar para que me encontrassem e me socorressem, mas a voz não existia mais, não tinha forças para gritar.
Escrevendo com um galho na boca uma enorme mensagem na branca e pura neve:
ME SALVEM
Desistindo ali e me entregando a mercê da sorte. Só espero que alguém veja.

sexta-feira, março 26, 2010

Consciente


Cedo as tentações,
Tento encontrar respostas
Para questões que não existem
Ou nunca existirão.

Um momento de euforia,
Seguido de um momento de reflexão,
Seguido de um momento de dor,
Seguido de um momento de libertação.

A chuva lá fora
Caindo fina na janela
Simples e bela
O céu nublado se torna perfeito
A esperança chove daquelas nuvens
Mais uma vez,
Olhe ao seu redor e veja o que tens.

Tens objetos?
Tens pessoas?
Tens feito algo de bom?
Ou tens só vivido?
Tens se perguntado?
Tens achado a resposta?
Se as tem
Divida as com o mundo
Muitas pessoas precisam das tuas palavras
Pra recuperarem sua própria confiança

sexta-feira, março 19, 2010

Forma


Você acredita na luz em mim?
Mostre a luz para mim?
Às vezes eu penso enxergar uma fosca luz!
Será que ela realmente está lá?

Você me viu sacrificar todo o meu amor por você
Você me abraçou, tocou minhas mãos,
Sorriu um sorriso o qual eu não consigo descrever,
Mas um sorriso o qual sem eu não consigo viver

Quando eu fecho os meus olhos, é em você que penso,
Mas acho que, quando você fecha os seus,
Não é em mim que você pensa
Não sou o motivo pelo qual você tem ânimo para levantar
Todas as manhãs

Eu preciso de você para respirar,
Mas uma voz fala na minha cabeça
“ninguém te disse que ela, por ele, não pode mais respirar?”

Não é apenas puxar o ar para dentro dos pulmões,
Pesados como rochas,
Quando eles estão assim sei que a expiração
Será um choro, um gemido, uma lágrima em silêncio.

Porque Deus?
Eu nunca me senti tão sozinha, perdida, quebrada, caída.

Eu tenho com quem falar,
Mas palavras não são realmente necessárias.
Você me olha e você vê
A forma que você me deixou.

sexta-feira, março 12, 2010

Só Você


Eu só queria ouvir a sua voz mais uma vez.
Será que é errado querer por perto aquilo que faz bem?
Nem você e nem ninguém parece entender
Que não é assim que eu vou ficar bem,
Não é essa a vida que eu quero

Eu posso estar muito bem na frente dos amigos,
Mas por dentro me sinto gritando o máximo que posso
E ninguém ao meu redor parece perceber,
Nem quem se importa, nem você.

Preciso de um abraço seu,
Preciso que diga que vai ficar tudo bem,
Preciso que me mantenha viva de novo
Tanto por dentro quanto por fora,
Preciso de algo real em que eu possa me apoiar.

Nada que me digam vai encher esse vazio.
É só a sua voz que invade e permanece,
Mas você não pode mais me dizer essas palavras
Quando elas deixam de ser reais.

O mundo que eu vivo até parece Londres, chove todo dia.
Pode ser bela o quanto for, mas sempre está triste por causa da chuva.
Me diz se não é para chorar?

Não consigo te deixar ir embora
Porque tenho lealdade a quem me mata.

quinta-feira, março 04, 2010

Grite


Fui submetida a uma difícil tarefa
Na qual meus medos caíram em jogo.
Fui posta a brincar com eles,
Não se deveria brincar com fogo.

Quero conseguir por em palavras o dia de hoje.
De um lado matando o desejo
Do outro gritando o amor.
A mágica acaba quando se descobre o que é real.

Mais uma vez me puis a me testar
E mais uma vez falhei.
Eu já sabia o que era importante
E me puis mais uma vez, desnecessariamente, a tentar.

Quantas vezes me questionei onde estariam as respostas?
E parando para pensar
Eu sempre as tive, sempre soube responder.
Não era proposital, mas me punha a ignorar.

Eu não posso ignorar o que aprendi hoje...
Mais uma vez.
Preciso parar de me cegar às respostas
Elas já estão gritando para serem ouvidas.

Minha cabeça vai explodir com tantos gritos.
Eu já entendi. Já podem voltar a sussurrar.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Partir(Para Deixar)


Quantas vezes eu quis partir,
Deixar tudo para traz sem me importar?
Sem um objetivo, sem rumo
Sem algo para me agarrar

Contava os dias.
Não os que passavam
E nem os que vinham.
Contava os que faltavam

Faltava muito tempo
E o belo e desejado,
Se tornava distante,
Desejado e inalcançável.

Mas a partir do momento que encontrei,
E não foi fácil de perceber,
Algo com o que me importar
Percebi que não poderia mais partir

Para que eu pudesse ir
Não poderia ter algo real me prendendo
E agora eu entendo
Eu tenho. E amo estar presa

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Dois

Ponha medo em mim.
Diga que vai embora
se algo que não deveria, acontecer,
se o erro for meu.

Dois corações se chocando
de uma maneira que os dois sangram
sem motivos verdadeiros
apenas um vazio inteiro.

Enquanto para um esta sumindo,
um grita que ainda está aqui.
Esse um quer ser visto
E o outro não quer se sentir sozinho.

Os dois esperam em si mesmos,
os corações voltam a bater em sincronia,
o sorriso é retomado
e o vazio precisa ir embora agora.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Eu sinto você sumindo,
dissolvendo no ar.
Eu tento te alcançar, segurar sua mão,
mas você não decide se vai me ajudar.

Meus olhos se molham
e eu não consigo dormir,
meu pensamento não para de ir e vir
assim como as ondas, assim como suas atitudes.

Por que você não consegue se decidir, Ta?
Ou fica ou vai. Ta?
Meu coração não suporta mais esse vai e vem. Ta?
Ele não pode bater e parar mais uma vez. Ta?

Também não quero nos machucar mais.
Li seus avisos, mas não concordo.
Também quero superar rápido, como você.

Se quero meu coração de volta?
NÃO!
Ele é seu e é onde ficará
até realmente me dizer que não o quer. Ta?

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Me Postando

Procurando as respostas
em palavras postas.
A postura reposta,
a postura disposta,
a postura, a resposta.

Falando em postura, o comportamento,
o comprometimento, intrometimento.
É hora de se comprometer,
hora de comprar a postura imposta.

Falando em comprar
vamos comprar a igualdade.
Façam o desigual ser normal,
façamos do não natural simplesmente igual,
façamos o desigual se igualar, se normalizar.

Vamos celebrar a igualdade,
celebrar o comprometimento,
celebrar a postura,
vamos celebrar a cara dura.

sábado, janeiro 30, 2010

Guerra

Afogada por lágrimas
silenciosas e imperceptíveis.
Se a vontade de gritar fosse satisfeita
talvez não sobrasse mais voz a soar.

Se tudo que é abafado
ou escondido fosse mostrado
não sobraria um guerreiro de pé
para continuar a guerrear

O único soldado foi posto de lado.
Os navios não têm mais porto.
A guerra terminou...
de começar
e já foi declarado o vencedor.

Não foi um guerreiro,
nem um sargento,
nem um batalhão.
Quem venceu foi o sentimento.

sábado, janeiro 23, 2010

Cansada

É, eu não desisto,
mas acabo de me deparar comigo mesma
e apesar de estar cansada,
cansada de mais, imagino,
não quero me dar por vencida.

Sim, eu consigo pensar sozinha
e não, não preciso da ajuda dos outros.
Não tente consertar algo
se não há nada quebrado.
Não tente dar um concerto
à minha história.

Estou cansada dessas pessoas.
E meu presente?
Não quero que se torne passado.
E meu futuro?
Quero que venha na hora exata,
na hora correta.

Fiquei cansada para tentar voar,
para tentar entender,
para tentar te mostrar.
Simplesmente me cansei dessas pessoas
que me olham como se eu não pensasse,
como se eu não distinguisse o bom do mau.

sábado, janeiro 16, 2010

Falta

A solidão, minha tortura.
É minha dor, não minha cura.
Não é o sim, não é o não,
não é opção.
É destino e não caminho,
é falta de opção,
é a concepção.
São os conceitos e preceitos.
A solidão!
Fome de presença.
Carência? Detesto a ausência.
Detesto a falta de paciência,
esperar sua presença.
É mais do que castigo.
E a dor? E o ombro amigo?
Se dissolvem com o ar.
Me ensine a segurar
sua presença.
O sorriso some,
a dor consome,
não é hipérbole! não me condene
viver sem ela,
sem o elo que nos condena
a presença
é pior que deitar,
dormir,
fria na terra.

domingo, janeiro 10, 2010

Delírios Imaginários

À primeiro momento
achei que não fosse doer.
À primeiro momento
achei que fosse ser rápido.

O silêncio
dilacera meus pensamentos.
O silêncio
derrete minha alma

E mesmo que eu tente me passar de forte
por dentro meu coração se aperta,
ele sangra, mas não choro.
Aparentemente está tudo bem

Estou esperando a noite se adentrar
para eu poder me aliviar.
Deixe o mel escorrer pelos dedos
enquanto o céu me parece tão distante.

A flor caiu por terra
antes de cumprir seu papel,
antes que o beija-flor a encontrasse
ela se desfez junto com o barro.

O rouxinol se pois a cantar,
mas seu canto não curava mais,
não era mais tão belo.
Nada parecia mais tão belo.

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