Meu coração foi pulverizado. Não consegue mais bombear os sentimentos. Não era vidro. Conseguistes destruir o diamante que não bombeia mais o ódio, o amor, a saudade, a presença, a dor... Simplesmente um vazio gelado que sobe e desce, quase como aqueles abajures coloridos: incessantes e atormentadores.
Repouso nas nuvens azuis cheias de água, prontas para chover. Cada vez que me deito nelas, as lembranças invadem meu pensamento. Só faço enche-las mais e mais e quando elas finalmente descarregam só enchem mais meu peito daquele frio que começa a pesar e ficar difícil de carregar.
Quando começo a perder a esperança e achar que vou e acostumar com o vazio, me desespero, simplesmente me vem o grito desesperado, dês esperançoso que entala na garganta, que tenta se fazer de forte e nem consegue ser ouvido. Mas como posso me acostumar com isso? Não me acostumo com o que me mata! Não me rendo até que a guerra acabe. Permaneço imóvel e ferida na batalha até que a guerra acabe ou algo me mate.