Reinizio, do Italiano: Recomeço

segunda-feira, novembro 28, 2011

O Parto


O tempo passou num piscar de olhos.
Da noite para o dia
A água límpida em talhos
Assumiu a face de uma harpia.

Todos caem aos teus pés.
Aquele único escolhe a que quiser.
Tu cantas, um tritão tu és,
Encanta e depois estupra as mentes que tiver.

O gelo ansiado na boca do estômago
Da presa a ser sacrificada
Em prol da centralização do seu ego
Faz com que ela permaneça calada.

Respira afobada com medo dos olhos claros.
Claro que tinhas um rosto angelical
Que carregava acima da cabeça aquele aro
Utilizado em volta do pescoço de tuas presas para um final.

A cor? Um vermelho sangue.
Os olhos? Saltando para de suas vísceras.
Logo ficará pálida. Como o quê?
Como ele serás.

Repetirás todos os atos,
Encantarás a todos,
Nasce uma sereia com cara de harpia.
Estrangularás e sufocarás como ele fazia.

sexta-feira, novembro 18, 2011

Quote


Cinco meses se passaram
E te vi por acaso
No lugar que venho todos os dias,
Que me perco no caminho,
Os pensamentos a mil por hora
Me fazem dobrar as esquinas erradas
Com cigarros e pessoas das mais confusas.
Ela disse “oi, tchau, fique bem também”
Fingindo que era tudo verdade,
Que o passado era mentira,
Fez do inútil de me ver
A morte do meu ser.
Morri, morri como morro sozinha todos os dias.
Falsas ideias me corroendo
E a esperança ridícula que crescia
Amena, que logo também morria,
Fazia de mim o fim das ideias mórbidas
Que sacrificavam aquela luzinha verde
Que brilhava pequena e tímida,
A luzinha verde dos olhos dela.
Chega das suas influências que me pressionavam a morte, fim dos dias claros!
Encontro meu caminho deitada nas sombras do meu quarto fechado.
Calando as ideias fartas dessa esperança verde.
Ela disse “não, tenho que ir embora”
Disse não ao diálogo amigo.
Ainda lembro de 5 meses atrás:
“Psycho” quote Talita.

quinta-feira, novembro 10, 2011

22


Vertigem dolorosa e
Ilusória é essa sentida hoje.
Não há perdão nem condenação
Tal ato macerou minha vitalidade
E como se não fosse suficiente
Em minha volta se põe a
Desfilar como uma ambulatriz.
Ontem você dizia me amar
Incondicionalmente.
Serrando todas as minhas ideias
De vida sem você
E agora que eu não consigo mais respirar
Some, desaparece, me deixando
Eternas cicatrizes de mau agouro.
Tem em mim, e hoje posso afirmar,
Emendas de pura e límpida
Morte.
Batizou-me em sua crença,
Roubou minha capacidade de pensar sozinha,
Odiou o que criou, amassou e jogou na sarjeta.

quarta-feira, novembro 02, 2011

Linda Menina


Estou encantada com aquela menina
O jeito como ela anda, fala, sorri...
Menina, para você é difícil achar uma rima.
Menina, quero você comigo aqui.

Você me deixa morrendo para dizer o que sinto,
Me deixa encabulada.
Não, minto,
Me deixa com medo de não ser correspondida.

Menina, vou avisar todo ser da noite
Que eu vou cuidar de você.
Não darei uma de falante,
Seria só para quem a ameaçasse.

Linda menina,
Me desculpe se te ofendi,
Ana e o mar, Mar e Ana,
Ao declarar as coisas que senti.