Reinizio, do Italiano: Recomeço

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Ascenção


A sensação de subir para cair de novo.
Quase uma depressão proposital.
Minha mente confusa que procura respostas
Tenta decidir entre certo e errado, bom e mau.

Foge de mim o controle dos pensamentos.
É infiel o meu comprometimento,
Mas meus atos são policiados
Para não perder o tudo que me ergue

Me faço de inocente para mim mesma.
Você não precisa ser ciente de nada.
Seu coração se destruiria ao saber o que penso,
Mas não penso com o coração.

Como é bela a queda,
Com a mesma velocidade que subo, eu caio,
Mas caio um passo a frente,
Caio mais perto de você.

Não me entenda mal, não agi sem pensar ao cair.
Cai de propósito para você me reerguer.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Força


Eu sei que disse que pediria ajuda
Se eu precisasse, se achasse necessário,
Mas não é a você que eu pedirei
Pedirei ajuda a quem eu confio de verdade.

Você tem destruído meu coração,
Destruído meus sonhos,
Me impondo limites e responsabilidades
Querendo tudo do seu jeito

Aqui vem uma novidade para você
Eu sei pensar sozinha
Consigo respirar sem você
Quero minha liberdade já

Quero a liberdade que me foi prometida
E que você fez questão de tomar
Quero que me deixe respirar
Estou morrendo sufocada

Eu não vou me deixar ser aprisionada,
Mas não sei de onde tirarei forças pra enfrentar,
Mas eu vou.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Estuprada Mentalmente


Chega a parecer que minha imaginação se foi
Foi tomada por não sei quem, não sei quando,
Mas ela simplesmente não se põe a funcionar.
Não quer mais dar o ar da graça.

Os momentos mais desejados que ela estivesse presente
Chegavam a parecer com a dor,
Mas já não era mais dor.
Eu ainda me pergunto como uma alma morta ainda sente.

Talvez ela ainda não esteja morta,
Mas não é mais sentida há um bom tempo.
Foi tomada à força por algo desconhecido
Ou que fora esquecido.

E como doía, e como ainda dói.
Só de lembrar os momentos de angústia,
De tortura, de morte.
Ela ainda quer doer.

Não lhe basta os olhos lacrimejando
Quer me ver gritando, não quer?
Pois bem, conseguistes seu objetivo.
Grito em plenos pulmões e os olhos, já cegados, só escorrem.

Não era sangue que escorria.
Não era água que caia.
Não se sabia o que era.
Acho que era a dor que não cabia mais lá dentro.

Alma morta, olhos cegos, nem um fio de alegria.
Meu porto seguro estava longe demais pra ser alcançado
Ou, pelo menos, visto.

O mar inundava.
Uma tsunami varria-me por dentro
Lavava tudo com sal.
O único consolo era que a dor também era lavada.

A garganta estrangulada, a perna arranhada.
Não havia sangue nas paredes,
Não havia sangue por dentro,
A única coisa que cabia era o que doía.

Arranhava-me por dentro.
Era como se uma faca entrasse em meu peito
Estufado de temor e horror.